quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O Perigo!

No primeiro fim de semana das nossas férias decidimos ir às Festas da nossa Aldeia de Paio Pires, onde residimos, os gémeos gostam do barulho, das luzes, da música e estas são umas festas muito típicas com garraiadas e largadas de touros e a procissão em Honra de Nossa Senhora da Anunciada a padroeira.
Fomos já no último dia domingo pensando levar os gémeos a comprar uns balões gigantes do Mickey e da Minnie que eles adoram e darem uma voltinha no Carrossel infantil, os avós também foram e íamos muitos contentes.



Mas só agora com mais de uma semana de distância deste dia consigo falar razoavelmente neste dia sem sentir um terrível nó no estômago e os olhos cheios de lágrimas,,, já não era a primeira vez que os gémeos andavam num carrossel. no mês de julho já tinham ido às festas do Seixal e eles andaram num Carrossel para crianças e gostaram, foram os dois juntos no mesmo boneco (carro) nunca choraram, pelo contrário, não queriam sequer sair, da segunda vez que andaram num outro dia já com mais confiança metiam já a cabeça pela janelas e levantavam-se para nos fazer adeus, mas o divertimento tinha portas que os impediu de sair e correu tudo bem.

O mesmo não posso dizer da nossa última ida a uma festa popular.

 Não sei o que se passou nesse dia, se foi por o carrossel demorar mais tempo a começar a andar se pelo facto da  avó também estar presente, mas o certo é que o João Maria queria sentar-se em todos os bonecos/carros do carrossel ao mesmo tempo e não estava sossegado em nenhum. O que nos levou a retirá-lo do carrossel ainda antes deste começar a andar ficou ao colo da avó e ao pé do pai do lado de fora.

Enquanto isso eu subi no carrossel com a Maria sentei-a num carro da Barbie e o Carrossel começou a andar. Para dizer a verdade até só fui com ela porque a Sra, da bilheteira assim o aconselhou (excesso de confiança da minha parte). Passado cerca de 2 minutos do carrossel começar a rodar eu falava com a Maria e fazia adeus ao João quando passava por ele ( que estava meio birras por não estar a andar). Tudo corria bem, até que de repente vejo a Maria que ia sentada do lado de fora do carro levantar-se, só tive tempo de gritar para que ela se sentasse mas ela escorregou de repente e saiu pela porta (que não existia) do carro onde seguia.

Naquele momento o meu coração parou, ouviu-se um estrondo e vi a minha filha a voar e a cair para fora do carrossel que continuava em movimento. em desespero gritei por ela e saltei quase imediatamente também eu para fora. No espaço de segundos já o pai de outro menino que também seguia no carrossel a tinha agarrado do chão e o meu marido já estava junto dela e saia a correr do espaço do divertimento comigo a correr atrás. Para nosso grande alivio ela não tinha nem um arranhão, nem uma nódoa negra, nada. Os donos do divertimento prontificaram-se a ativar o seguro caso a menina necessita-se de assistência médica, mas graças a Deus não tinha nada. e estava eu quase mais assustada e a chorar que ela.

Tudo isto apenas para relembrar que com crianças pequenas não podemos nem por um segundo facilitar. O que estava a ser um momento agradável e de divertimento depressa se transformou no meu maior pesadelo.. tremo só de pensar que o pior poderia ter acontecido. Resta dizer que nessa noite nem eu nem o pai quase dormimos e que tão cedo (talvez nunca mais) vamos a feiras populares e colocar os nossos filhos em carroceis ou outros divertimentos pouco seguros.

O perigo está sempre à espreita!




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